Menopausa, e agora?

 

A menopausa assinala uma grande transição na vida das mulheres. A definição de menopausa é o dia que marca os 12 meses de amenorreia (ausência de menstruação) sem ter outra causa plausível e isso significa o fim da capacidade reprodutiva da mulher. Estima-se que a idade média em que ocorre a menopausa espontânea na população portuguesa ronde os 48 anos.

Para muitas mulheres, essa mudança é libertadora, libertando-as da ansiedade sobre a gravidez e da dor ou desconforto relacionado aos seus órgãos reprodutivos.

Algumas mulheres podem ver a menopausa de forma negativa, associando-a ao envelhecimento, que na maioria das culturas ocidentais tem conotações negativas significativas.

Entretanto 1% das mulheres vai entrar em menopausa até aos 40 anos e isso é chamada insuficiência ovárica prematura e 5% vai estar na menopausa até aos 45 anos, a chamada de menopausa precoce. Já a grande maioria das mulheres estará totalmente na menopausa até aos 60 anos. Seja como for, a transição para a menopausa é acompanhada por uma multiplicidade de sintomas e considerações de saúde que podem afetar toda as mulheres.

Com o aumento da expectativa de vida da mulher, esta passará 30 a 40% da sua vida (até mais, dependendo dos casos) nesta completa anarquia hormonal, por isso é extremamente importante olhar para as mulheres que entraram na menopausa com sensibilidade clínica e tratar os sintomas da menopausa, mas também prever e trabalhar na prevenção os diversos problemas que advêm nesta fase.

Quais os possíveis sintomas da menopausa?

Um dos maiores desafios para os médicos é que, embora existam “sintomas de menopausa” clássicos, não existe um paciente clássico. À medida que se passa pela transição da menopausa (perimenopausa), também envelhecemos e há uma sobreposição significativa entre os sintomas que ocorrem com o envelhecimento e os sintomas relacionados à perda de estrogénio:

  • Sintomas Vasomotores como calorões e suores noturnos são os mais reconhecidos e
    podem ter início muitos anos antes do último período e que podem continuar, na sua
    grande maioria, até 10 anos após a menopausa!
  • Síndrome Urogenital tal como o ressecamento vaginal que tem tendência a ocorrer
    numa fase mais tardia da transição menopausal e com tendência a piorar, também
    pode acontecer dor no ato sexual, queimação, incontinência, infeções recorrentes do
    trato urinário e até uma diminuição da libido, que também pode ter outros fatores
    envolvidos.
  • Mudanças de humor, distúrbios de sono, depressão e sintomas cognitivos podem
    aparecer ou piorar na transição menopausal.
  • Ganho de peso é muito relatado na fase de transição menopausal, no entanto uma vez
    que a mulher entrou definitivamente na menopausa, não se pode atribuir o ganho de
    peso excedente à menopausa.
  • Osteoporose é uma doença que aumenta após menopausa porque o estradiol é um
    agente muito importante como anti-reabsorção óssea e na menopausa o estradiol
    diminui drasticamente.
  • Aumento de doenças cardiovasculares porque este mesmo estradiol é cardioprotector
    e sem ele, diminui essa proteção cardiovascular.

Agora, como tratar os sintomas atuais e prevenir os problemas futuros?

A terapia de Reposição hormonal com hormonas bioidênticas (hormonas com a mesma estrutura química que as produzidas pelo organismo) tem sido usada na prática clínica tanto em mulheres na transição menopausal como na menopausa.

Esta terapia só pode ser iniciada até 10 anos após a data de inicio da menopausa), para tratamento e prevenção de todos estes problemas citados acima. Ou seja, uma pessoa que entre na menopausa aos 50 não pode iniciar uma terapia de reposição hormonal depois dos 60 anos.

Portanto, determinar qual hormona/ hormonas a usar e aplicar a reposição hormonal em prol da saúde de mulheres na menopausa é algo de extrema importância, tendo sempre em mente a individualidade genética, estilo de vida, suplementação e os sintomas dessa mesma mulher.

Prevenir todos estes sintomas para se ter uma maior longevidade com qualidade vida é possível, através da reposição hormonal bioindêntica e sempre juntamente a um estilo de vida saudável!

Mas como tudo na vida, não é para toda a gente! Se a mulher tiver um organismo todo desregulado a reposição hormonal é contraindicada porque pode levar a mais malefícios que benefícios. Comecemos por regular o organismo com uma alimentação saudável, exercício físico, sono de qualidade e gerenciamento de stress, porque reposição hormonal não é milagre, é preciso fazer tudo isto antes.

Menopausa, e agora? Agora já não precisa de viver esta fase de forma solitári. Agende já a sua consulta de Medicina Ortomolecular e de Reposição Hormonal.

Estar bem informada é o primeiro passo para viver esta nova fase de forma mais tranquila e confiante!

Fábio Trigo
Especialista Ortomolecular e Integrativo da Move Wisely

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