CORRIDA E MINDFULNESS

– 5 DICAS

 

O mindfulness, ou a prática da atenção plena, rainha no combate ao stress e ansiedade, diz-nos para não corrermos tanto. Mas é, apenas, interiormente. Esta prática, ajuda-nos a não pensar tanto no que já passou (passado) nem no que ainda há-de vir (futuro), pedindo-nos para estarmos o mais focados possível no nosso dia-a-dia, não alimentando julgamentos ou críticas desnecessários, de forma a vivermos mais tranquilos.

Isto porque, ainda que cada um o faça à sua maneira, todos, sem exceção, corremos a toda a hora. Participamos, diariamente, na tal da maratona da vida tentando chegar a uma meta que muitas vezes nem sabemos qual é. Somos cooperantes da corrida da pressa ou de uma caminhada numa montanha cheia de vegetação de mágoas e medos, principal alimento da tristeza e ansia. Quando paramos só o corpo pára. A mente continua, mesmo que já tenha passado a meta. Ela não cessa a corrida. E, o grande problema é esse.

O mindfulness é uma prática que nos permite construir alicerces para uma melhor gestão das emoções, do tempo e da vida. E, o mais incrível, é encaixar-se na perfeição em outras práticas do nosso dia-a-dia, e a corrida é uma delas.

Partilhamos, então, as prometidas 5 dicas que podem ajudar a que a sua performance na corrida – seja oficialmente “competitiva”, ou não – possa ser uma viagem harmoniosa entre o corpo e a mente:

  1. Antes de começar faça algumas inspirações e expirações conscientes, da forma mais tranquila e profunda que conseguir. Não se esqueça que se vai correr ou entrar numa prova é porque quer, gosta e, de alguma forma, já treinou para o efeito;
  2. Não se foque na totalidade do trajeto que tem pela frente. Faça-o por fases. Na sua mente, divida o percurso em várias partes. Escolha, de imediato, a primeira fase do caminho que pode ser, por exemplo, da zona de partida até um certo sitio que a sua vista alcance. Quando chegar ao local que visualizou anteriormente estabeleça uma nova meta: a de chegar a outro local mais à frente que a sua visão também alcance; ou divida os treinos ou prova em pequenas distâncias. Definir uma distância específica que sirva como marco de recomeço, por exemplo, de 5 em 5 kms ou de 2 em 2kms, dependendo da distância total do treino ou prova;
  3. Correr acompanhada pode ser um bom exercício de Mindfulness se soubermos falar “de nada”. Queremos com isto dizer, de nada que nos preocupe ou que nos leve para pensamentos passados ou futuros, falar do que estamos a fazer, de como nos estamos a sentir, à volta do que se está a fazer;
  4. Caso tenha um cão que goste de correr ou que tenha capacidade física para o fazer, nunca é tarde para o juntar aos seus treinos. Correr acompanhada de um cão pode ser muito relaxante por nos focarmos no que ele anda a fazer, ou seja, no momento presente;
  5. Durante o percurso, tente focar-se no presente: fazendo inspirações e expirações conscientes, principalmente quando vierem pensamentos derrotistas. Ponha o foco na respiração, pensando, por exemplo: «Consciente eu inspiro, consciente eu expiro». Também pode entreter a mente ao observar a paisagem como se fosse a primeira vez que a está a ver ou tentar sentir de forma mais profunda os cheiros, os aromas que pairam no ar, sejam agradáveis ou não, o efeito da brisa que toca na sua pele, ou na sua roupa. Sinta o maravilhoso que é a forma como o seu corpo se movimenta só porque assim o deseja e sinta gratidão por cada membro que tem, por estarem a funcionar bem e a serem úteis tanto nesse momento como em outros episódios da sua vida.

Acima de tudo, dê o seu melhor e desista somente se o corpo ou o seu organismo estiverem a ficar debilitados. Não desista por questões “mentais”, por achar que não é suficientemente bom ou porque pode vir a chegar em último, ou entre os últimos, lugar à meta.

Nunca se esqueça que quem deve ir a correr é você e não o seu ego. Às vezes não interessa quem chega primeiro mas sim quem consegue chegar a sítios que nunca imaginou, de preferência, interiormente.

Boas corridas!

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